domingo, 18 de maio de 2008

PROGRAMA PROVISÓRIO DA II FEIRA MEDIEVAL

PROGRAMA

8.30 - Formação do cortejo na E.B.1 da Feira, abertura da Feira com o grupo de Bombos Ancetoca.
9.15 – Abertura da Feira com a chegada de um arauto
9.30 - Peça de Teatro «Frei João sem cuidados» (alunos do 5º C)
10.00 - Xadrez humano (5º C) e outros jogos
10.15 – Abertura oficial da feira
10.30 - Cantigas de Escárnio e maldizer (alunos do 6º B)
10.45 – Crise de 1383/85 (Clube de Teatro – Prof. Nuno Portugal)
11. 15 – Recriação da lenda de Egas Moniz (alunos do 6º C e 12º C)
11.40 – Aparece uma louca, pedinte e (cenas do quotidiano medieval, 12º C)
12.00 - Dança do ventre (Vasco Monterroso e Carla Moura 12º C), ainda com o cortejo formado
12. 15 – Recriação de tradições locais (Aguadeiros, desfiar o linho, desfolhada...) - Rancho de Santa Cruz do Douro e Campelo

Almoço medieval servido na própria feira (bifanas, sopa e doce da Teixeira)

14.00 - Falcoaria
14.30 - Teatro «Maria Parda» a cargo da companhia de Teatro Filandorra
15.30 – Armação de um cavaleiro (João 6º B e 12º C)
16.30 – Animadores da Feira, saltimbancos e cuspidores


Ceia Medieval a cargo da Pensão Borges

Canto Gregoriano
«Teatro Maria Parda»
Animadores de Feira, saltimbancos e cuspidores


Estamos no dia 23 de Maio de 1385, a moeda em circulação é o Real e o rei do nosso Reino é D. João I. Os Bombos tradicionais anunciavam as feiras, enquanto se preparava o cortejo. Um arauto (mensageiro do Rei) traz boas novas. Frei João Sem Cuidados não se afligia com nada, por isso o rei o mandou chamar à corte. Queria conhecer o homem que não se aflige com coisa nenhuma...«quanto pesa a Lua; 2º - quanta água tem o mar; 3º - o que é que sua alteza pensava». Assim começa o teatro... Época do período literário Trovadorismo, onde as cantigas de Escárnio e Maldizer , usavam a crítica ou sátira dirigida à pessoa real, sendo o trovador alguém próximo ou do mesmo círculo social. Apresentam grande interesse histórico, pois são verdadeiros relatos dos costumes e vícios, principalmente da corte, mas também dos próprios jograis e menestréis.
Com o apoio de um grupo de nobres, entre os quais Álvaro Pais e o jovem D. Nuno Álvares Pereira, e incentivado pelo descontentamento geral, o Mestre de Avis terá assassinado o conde de Andeiro no paço e iniciou o processo de obtenção da regência em nome do Infante D. João. Com este último, aprisionado por D. João I de Castela, abria-se a possibilidade política de o Mestre de Aviz ser rei.
Por esta altura, o reino de Portugal conheceu a maior desvalorização da moeda da sua história. Para combater essa inflação, procurou-se incentivar o tráfico comercial, atraindo mercadores estrangeiros e, ao mesmo tempo, desenvolver o comércio interno através da criação de feiras e de leis proteccionistas a favor dos mesteirais e mercadores. A existência de feiras, por iniciativa popular, era confirmada, mais tarde, pela autoridade régia, comprovada pelo nome de feira franqueada ou franca, facilitando as trocas comerciais e incentivando assim o comércio interno. A implementação de um ambiente de paz da feira também favoreceu a segurança e o livre-trânsito de feirantes e visitantes. As feiras ajudavam à solidariedade e à formação do sentido de nacionalidade.
A feira era aproveitada para comprar e vender as faltas e os excedentes da produção, o ponto de contacto com o resto do mundo, o sítio onde se recebiam e davam notícias e se incentivavam as relações interpessoais...
Em tempo de paz da feira aproveite os momentos de lazer e reviva o passado de uma terra cheia de história, Bayam, embrenhado no encanto próprio da época medieval. Tempo da descendência de Egas Moniz, rico-homem e senhor de Bayam, um dos mais poderosos do reino, que D. Afonso Henriques presenteou com extensos domínios. A lenda para sempre o ligará à história do nosso concelho.
Por esta altura tentávamos sair da crise, Gil Vicente isso demonstra no Pranto de Maria Parda. Maria Parda lamenta-se pela falta de vinho nas tabernas de Lisboa, evocando os tempos em que ele era abundante e barato. Depois, resolve pedir o vinho fiado a alguns taberneiros que lho negam. Por fim, decide morrer e pronuncia um extenso testamento em que se refere obsessivamente ao vinho.
Um tempo de encanto, dado pela própria história e de como pode ser mágico revivê-la... pelo espírito da alegria que invadiu o burgo com sons de coreografias e fantasias musicais… Os Mouros divertiam-se com a dança do ventre. Loucas e Ciganas circulavam pela feira. Cuspidores de fogo, malabaristas... é o que será proporcionado neste dia.


Câmbios: Um Real — 1 euro
Meio Real—50 cêntimos
Um Quarto de Real—25 cêntimos

Única moeda em circulação na Feira Medieval de Baião


(PROGRAMA SUJEITO A ALTERAÇÕES)


ENCONTRAMOS NA FEIRA

. Câmbio de Reais (turma 5º D e Profªs Mª José e Rosário Xavier)
. Jogos de tabuleiro (turma 5º B e Prof. Magda Laranjo e Ana Isabel)
. Jogos medievais (5º B e 12º C)
. Plantas aromáticas e medicinais (Clube de Jardinagem)
. Espaço para treinar armas medievais (catapultas e armas de arremesso)
. Taberna
. Recriação de uma aldeia medieval em miniatura (6º D)
. Oleiro
. Cesteiro
. Sapateiro/Soqueiro
. Cantaria
. Iluminuras e Monges Copistas
. Feitiços
. Escuteiros
. Iluminuras
. Brinquedos tradicionais
. Alquimistas
. Mouraria
. Associação de pais de Pranhô
. Recriação de tradições locais a cargo de Ranchos Folclóricos de Santa Cruz do Douro e Baião (desfolhada, fiar o linho, meia...)
. Doçaria tradicional
. Exposição, sobre os Instrumentos de Tortura e loucura
. Ofícios tradicionais
. Feira de Antiguidades

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